quarta-feira, 1 de julho de 2009

Até quando é possível adiar a maternidade

O adiamento da gravidez é uma escolha muito comum das mulheres, nos dias de hoje. O número de grávidas ou mulheres tentando engravidar na faixa entre 30 e 40 anos tem aumentado nos últimos anos. Pelo menos 20% das mulheres aguardam até os 35 anos para iniciar uma nova família. “São muitos os fatores envolvidos na decisão de adiar a maternidade: a estabilidade profissional, a espera por um relacionamento estável, o desejo de atingir segurança financeira, ou, ainda, a incerteza sobre o desejo de ser mãe. Entretanto, é importante alertar estas mulheres sobre as conseqüências desta decisão: a idade pode afetar sua capacidade de conceber. É também importante informá-las sobre os tratamentos disponíveis que podem ajudá-las a engravidar, quando elas decidirem que o melhor momento chegou”, afirma o especialista em Reprodução Humana, Joji Ueno, Doutor em Ginecologia pela Faculdade de Medicina da USP.

Com a idade:

· A queda na fertilidade com o avanço da idade é um fato biológico. Estima-se que a chance de gravidez por mês é de aproximadamente 20% nas mulheres abaixo de 30 anos, mas de apenas 5% nas mulheres acima dos 40. Mesmo com os tratamentos para infertilidade, como a fertilização in vitro, a fertilidade diminui e as chances de um aborto espontâneo aumentam após os 40. “Há várias explicações para esse declínio de fertilidade: condições médicas, mudanças na função ovariana e alterações na liberação dos óvulos pelos ovários”, afirma Joji Ueno.

A mulher de 40 anos também tem mais chances de apresentar problemas ginecológicos, como infecções pélvicas e endometriose, que podem diminuir a fertilidade. Exames de fertilidade, como a histerosalpingografia ou a laparoscopia, podem ser requisitados para diagnosticar algumas dessas condições. “Embora a maioria dos especialistas em infertilidade recomende que os casais tentem a gravidez por pelo menos 1 ano antes de realizarem tratamentos de fertilidade, mulheres acima dos 40 anos podem realizar esses exames a qualquer momento”, informa Joji Ueno, diretor da Clínica Gera;

“Devido a algumas doenças que podem causar a infertilidade em casais acima de 40 anos, a queda nas chances de engravidar é mais freqüente devido às mudanças naturais que ocorrem nos ovários da mulher”, explica Joji Ueno. O hipotálamo e a hipófise, glândulas localizadas no cérebro, coordenam os processos que levam à ovulação e à menstruação regular. O hipotálamo estimula a hipófise a liberar o hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH). Esses hormônios são secretados na corrente sangüínea e controlam o crescimento dos óvulos (oócitos) e a produção do hormônio feminino, estrógeno, pelos ovários. “A maioria das mulheres têm aproximadamente 300.000 óvulos em seus ovários na puberdade. Para cada óvulo que amadurece e é liberado durante o ciclo menstrual, pelo menos 500 a 1000 não amadurecem totalmente e são reabsorvidos pelo corpo”, explica o médico. À medida em que a mulher envelhece, os óvulos remanescentes também envelhecem, tornando-se menos capazes de serem fertilizados pelos espermatozóides. “Outro fator a ser ponderado é que a fertilização desses óvulos está associada a um risco maior de alterações genéticas. Por exemplo, alterações cromossômicas, como a Síndrome de Down, são mais comuns em crianças nascidas de mulheres mais velhas. Há um aumento contínuo no risco desses problemas cromossômicos conforme a mulher envelhece”, afirma Joji Ueno.

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