sábado, 8 de agosto de 2009

formulas para emagrecer

Remédio para emagrecer leia a nossa bula e fique esperta


Um comprimido de manhă, outro a noite e a vontade de devorar um pacote inteirinho de biscoito some como num passe de mágica. Tem coisa melhor para quem vive de mal com o espelho? É por isso que os inibidores de apetite săo tăo tentadores. Mas, antes de apostar nessas pílulas tidas como milagrosas, vale saber os riscos que se corre. Entre eles, há o perigo de engordar os quilos que perdeu e ganhar outros tantos

Quem năo tem uma amiga que já tomou remédio para emagrecer, uma conhecida que indicou um médico que receita uma fórmula tiro e queda para perder alguns quilinhos ou, talvez, vocę mesma já tenha engolido comprimidos para dar um empurrăozinho na dieta. Segundo um relatório das Naçőes Unidas (ONU) divulgado recentemente, o Brasil é o país que tem o maior consumo de anfetaminas (substâncias que tiram o apetite) do mundo! E tem mais: outro estudo, esse do Centro Brasileiro de Informaçőes sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), mostrou que 92% dos consumidores de medicamentos ŕ base de anfetaminas săo, sim, mulheres e que a maior parte delas apelou para esse recurso apesar de estar apenas uns 5 ou 6 quilos acima do peso ideal. “Isso significa que o uso de remédios para emagrecer está associado ŕ questăo estética e năo ŕ saúde”, afirma Elisaldo Carlini, diretor da instituiçăo, que é ligada ŕ Universidade Federal de Săo Paulo (Unifesp).

vocę realmente precisa? Noradrenalina, esse é o nome da “mágica”. Um hormônio que age no centro da fome, lá no cérebro, controlando o apetite. E as anfetaminas cuidam dessa tarefa, aumentando a quantidade desse hormônio no seu corpo. Anfepramona, fenproporex e manzidol compőem a família dessa substância química, que ganhou fama por combater a obesidade controlando a gula. O problema é que junto com um apetite magrinho vem uma lista extensa de reaçőes desagradáveis – boca seca, alteraçőes de humor, dor de cabeça, insônia, taquicardia, euforia, falta de ar, hipertensăo, irritaçăo, dependęncia (quanto mais vocę toma, mais precisa), prisăo de ventre, depressăo, crises de ansiedade e pânico, como adverte Elisaldo Carlini, do Cebrid. Pois é, nada inofensivas, as anfetaminas só deveriam ser indicadas para pacientes com índice de massa corpórea (IMC) maior de 30 ou aqueles com IMC entre 26 e 30 com histórico de colesterol alto, pressăo alta ou diabetes. Uma garota que mede 1,65 metro e pesa 70 quilos – gordinha para entrar numa calça tamanho 40 – tem IMC igual a 26. “O remédio é importante para casos em que a saúde pode ficar comprometida por conta do excesso de peso”, ressalta Claudia Cozer, endocrinologista da Associaçăo Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), em Săo Paulo. Pense bem se vale a pena se seu problema năo passa de 10 quilos.

emagrece, sim; mas vocę pode engordar de novo Mau hálito, tremedeira, insônia, além dos efeitos citados acima – vocę arriscaria passar por tudo isso em troca de um corpo enxuto? Se esses argumentos năo convencem, anote aí mais um: ao parar de ingerir as pílulas, grande parte das garotas que escolheram o caminho dos remédios recuperou os quilos perdidos. E năo é só isso, o ponteiro da balança subiu mais do que antes.

Confiar a sua transformaçăo a um medicamento quase sempre acaba em frustraçăo. “Quem recorre aos remédios sem mudar seu estilo de vida, ou seja, adotar uma alimentaçăo equilibrada e dar um basta no sedentarismo, fica ŕ mercę do efeito sanfona, pior, do efeito espiral, já que o ganho de peso é ainda maior”, adverte Henrique Suplicy, presidente da Abeso. Táki Cordás, psiquiatra do Ambulatório de Anorexia e Bulimia do Hospital das Clínicas, também em Săo Paulo, explica: “Quando vocę suspende a droga, o apetite aumenta”. Sem falar que o emagrece-e-engorda năo rende apenas estrias e flacidez na pele, mas pode provocar também problemas para o seu coraçăo. “As grandes oscilaçőes no peso săo mais nocivas ŕ saúde do que um pequeno excesso de gordura”, avisa Alfredo Halpern, do Ambulatório da Síndrome Metabólica e Diabetes do Hospital da Clínicas de Săo Paulo.

um milagre duradouro Sejamos francas: colocar todas as suas esperanças de conquistar um contorno mais sexy nessas pílulas é plantar seu próprio desapontamento. A magia pode durar pouco. E, normalmente, quem opta por esse caminho sai enfraquecida, com a auto-estima abalada para encarar mais uma vez o difícil processo de emagrecimento (isso ninguém quer, niguém merece!). A gente aposta que estas tręs atitudes – acreditar em vocę mesma, comer direito e malhar – continuam sendo a melhor saída para o seu visual e para a sua saúde.

o que tem nas farmáciasANFETAMINAS
Essa família inclui tręs principais substâncias vendidas por vários laboratórios farmacęuticos: anfepramona (Hipofagim, Inibex e Dualid), fenproporex (Desobesi–M, Inobesin, Lipomax) e mazindol (Absten–Plus, Diazinil, Dobesix). Agem no centro da fome, controlando o apetite, e săo indicadas para obesos que năo conseguiram emagrecer com dieta e exercício. A Agęncia de Vigilância Sanitária (Anvisa), que aprova e veta os medicamentos, considera os derivados de anfetamina uma opçăo terapęutica apenas mediante acompanhamento médico constante.

SIBUTRAMINA
Considerada mais moderna que a anfetamina, a sibutramina aumenta a saciedade, ou seja, vocę se satisfaz com menos comida. Funciona como se acionasse um botăo no cérebro para reduzir a compulsăo alimentar. Também produz alguns efeitos colaterais – dor de cabeça, insônia, boca seca, agitaçăo. Nas farmácias, Reductil e Plenty săo os dois nomes mais conhecidos.

ORLISTAT
Diferentemente dos dois citados acima, essa substância năo age no sistema nervoso e sim no intestino, fazendo com que o organismo absorva apenas 30% das gorduras ingeridas. Comercializado pelo nome Xenical, sua vantagem é năo causar dependęncia. Entretanto, pode provocar crises de diarréia se a pessoa consumir grande volume de alimentos gordurosos. É indicado para mulheres que năo podem usar os inibidores de apetite por algum motivo de saúde ou que năo sofrem para controlar a vontade de comer.

fórmulas manipuladas: receita perigosaElas săo as mais procuradas por quem quer se livrar rapidamente dos quilos extras. Vocę pede ao doutor, ele prescreve uma receita para emagrecer e pronto – năo demora mais de 15 minutos e está resolvido. “Trata-se de um pacto entre médico e paciente. Ele dá o remédio sem pedir nenhum exame e ela, em contrapartida, năo se queixa dos efeitos colaterais”, alerta Elisaldo Carlini, diretor do Cebrid. Assim como os comprados em farmácias, os medicamentos manipulados tęm, sim, o seu valor – quando bem indicados e tomados sob constante supervisăo do médico. O perigo das fórmulas emagrecedoras está em associar a anfetamina a qualquer outra substância – uma prática condenada pelo Conselho Federal de Medicina. Mais grave ainda quando o próprio médico vende o remédio no consultório. “É comum colocar no mesmo comprimido laxante, diurético, ansiolítico e hormônios da tiróide – um coquetel extremamente perigoso para a saúde”, censura Elisaldo Carlini. “As fórmulas prontas săo uma charlatanice. Dăo a impressăo que emagrecem por causa do laxante e do diurético. Mas vocę perde água, desidrata, só que năo queima um único grama de gordura. E ainda se arrisca a ter uma disfunçăo na tiróide”, conclui Alfredo Halpern.

as brasileiras săo adeptas do remédio

A pesquisa realizada pelo Cebrid, em Săo Paulo e Brasília, em 2002, revelou que:

• 50% usam fórmula manipulada ŕ base de derivados de anfetaminas com mais de quatro substâncias associadas – prática condenada pelo Conselho Federal de Medicina

• 60% tinham IMC menor que 30, classificaçăo para sobrepeso e năo obesidade

• 69,6% das paulistas tomaram o remédio por mais de tręs meses (mais que o tempo recomendado pelos médicos)

• 72% das entrevistadas já tinham se submetido a outros tratamentos ŕ base de medicamentos

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